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(Imagem: Julye Delmiro) |
Era
uma noite chuvosa
Eu
esperava por ela,
A
rua estava escura
Pude
ver o vulto dela,
Aos
poucos se aproximando
Da
minha casa singela.
Olhando-a
da janela
Sobre
a chuva que caía,
O meu
coração pulando
Naquela
hora eu sentia,
Meu
corpo frágil e carente
À
sua espera tremia.
Da
janela então eu via
A
pura imagem sua,
Toda
molhada na chuva
No
centro daquela rua,
Por
vestida que estivesse
Eu
a via toda nua.
Nessa
noite ela era a lua
Que
sobre o céu nublado
Aparecia
luzente
Clareando
o chão molhado
Do
desejo mais profundo
Onde
eu me via afogado.
Sobre
o meu portão dourado
Eu
fui então esperá-la,
Ela
pisou a calçada,
Cheguei
forte a abraçá-la
Cumprimentos
foi o beijo
Que
demos em minha sala.
Parei
pra observá-la...
Ali
linda em minha frente,
O
seu vestido molhado
Me
incendiava a mente,
Mostrava
seu corpo nu
No
tecido transparente.
Eu
fui a toalha quente
Que
o seu corpo enxugou,
Ela
foi a chama ardente
Que
o meu incendiou,
E
meu quarto foi a câmera
Que
a cena registrou.
A noite
breve passou,
De
manhã sorri despido,
Ela
foi com minhas roupas
E
deixou o seu vestido
Na
cama como lembrança
Do
capítulo vivido.
Cicero
Manoel
Santana do Mundaú – AL
2 de julho de 2015
Santana do Mundaú – AL
2 de julho de 2015
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