sexta-feira, 3 de julho de 2015

UMA NOITE DE AMOR

(Imagem: Julye Delmiro)



Era uma noite chuvosa
Eu esperava por ela,
A rua estava escura
Pude ver o vulto dela,
Aos poucos se aproximando
Da minha casa singela.


Olhando-a da janela
Sobre a chuva que caía,
O meu coração pulando
Naquela hora eu sentia,
Meu corpo frágil e carente
À sua espera tremia.


Da janela então eu via
A pura imagem sua,
Toda molhada na chuva
No centro daquela rua,
Por vestida que estivesse
Eu a via toda nua.


Nessa noite ela era a lua
Que sobre o céu nublado
Aparecia luzente
Clareando o chão molhado
Do desejo mais profundo
Onde eu me via afogado.


Sobre o meu portão dourado
Eu fui então esperá-la,
Ela pisou a calçada,
Cheguei forte a abraçá-la
Cumprimentos foi o beijo
Que demos em minha sala.


Parei pra observá-la...
Ali linda em minha frente,
O seu vestido molhado
Me incendiava a mente,
Mostrava seu corpo nu
No tecido transparente.


Eu fui a toalha quente
Que o seu corpo enxugou,
Ela foi a chama ardente
Que o meu incendiou,
E meu quarto foi a câmera
Que a cena registrou.


A noite breve passou,
De manhã sorri despido,
Ela foi com minhas roupas
E deixou o seu vestido
Na cama como lembrança
Do capítulo vivido.


Cicero Manoel
Santana do Mundaú – AL
2 de julho de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário