Passarinho tu que
pousas
Aí, num galho de pau,
Ser puro da natureza,
Ser que não pratica o
mal,
Vou dialogar contigo
Meu precioso pardal.
Passarinho a tua casa
Se perde na
imensidão.
Já a minha,
passarinho,
É próxima a um
ribeirão
Onde cultivo a
saudade
E as mágoas do
coração.
Passarinho do meu
canto
Eu ouço você cantar.
Vejo que estás
alegre,
Já, não posso me
alegrar.
O meu coração de
dores
Bate no peito a
chorar.
Passarinho não me
venhas
Pousar na minha
janela,
Pra não cantar
melodia
Tão bonita e tão
singela...
Pois não quero
recordar
O olhar de uma
donzela.
Passarinho eu te vejo
Batendo as asas,
voando...
Também queria voar,
Sair no mundo vagando
E nos grutilhões da
terra
Ir minhas mágoas
deixando.
Passarinho eu te vejo
Com a sua companheira.
A cubra com suas asas
E voe além da
fronteira
Me deixe aqui
meditando
Prostrado nessa
cadeira.
Viçosa-AL
16 de novembro de 2014
16 de novembro de 2014