sábado, 7 de junho de 2014

A FESTA DE SÃO JOÃO


Nestes versos vou falar
Para todo o pessoal
De uma festa popular
Bastante tradicional,
Essa festa dura um mês
E vou dizer pra vocês
É a melhor, não conteste!
Falo com satisfação
Da Festa de São João,
A maior desse Nordeste.

Nesse tempo o sertão
De alegria incendeia,
A festa de São João
Três santos homenageia.
Na palhoça ou no terreiro
Santo Antônio é o primeiro
A ser homenageado.
São João vem logo depois
Passa três dias, mais dois
E vem São Pedro emendado.

Nessa festa tão bonita
Nela não pode faltar
Matuto e moça de chita,
Para a quadrilha dançar.
Na festa de São João
Não pode faltar rojão
Nem arraiá enfeitado,
Não pode faltar fogueira,
Chuvinha bomba caseira,
Canjica e milho assado.

O forro acabrunhado
É o ritmo do São João
Aquele forró criado
Por Luiz rei do baião
É lindo e é bom que só
No São João dançar forró
Dentro de uma palhoça
Com a moçada brincando
Zelando e preservando
Toda a cultura da roça.

É muito especial
A festa de São João!
Do sertão ao litoral
Ela é pura tradição.
Não tem festa igual a ela
No nordeste é a mais bela
E também a mais animada,
Numa noite de fogueira
Nossa região inteira
Fica toda iluminada.

Lembrando que a festa é
De prece e devoção,
Portanto, não falta fé,
Novena e procissão.
Pois os três santos citados
Que são homenageados
Nessa festa popular,
Estão de parte olhando
E sempre abençoando
O povo que vai brincar.


Cicero Manoel
Santana do Mundaú – AL
7 de junho de 2016

quinta-feira, 5 de junho de 2014

VERGONHA NA PRAÇA SANTA ANA
























Por uma Mundauense
Cheguei me apaixonar
Pra conhecê-la melhor
A chamei pra conversar
Com uma paixão insana
Lá na Praça Santa Ana
Com ela fui me sentar.

Num banquinho acabado
Com ela eu me sentei,
O banco nem tinha encosto
No banco me apoiei
Aí peguei sua mão
E toda minha paixão
Para ela declarei.

Ela gostou do que eu disse
Bateu mais meu coração,
Então fui lhe dar um beijo
E veja a situação
Quando eu fui lhe beijar
O banco chegou quebrar
E nós caímos no chão.

As duas tábuas do banco
De tão velhas se quebraram,
Não puderam com nós dois
E no meio se laxaram
Eita vergonha do cão
Nós nos lascamos no chão
E as pessoas mangaram.

Com vergonha lá do chão
Nós chegamos levantar,
E embaixo de uma árvore
Fomos então conversar
Alguns minutos passou
No tronco ela se encostou
E o beijo fui lhe dar.

Quando eu ia lhe beijar
Com todo o meu respeito
Uma formiga entrou
Na blusa dela de jeito
E a formiga danada
Foi dar logo uma picada
Mesmo no bico do peito.

Foi grande a agonia
Quando a formiga picou,
Uma mão dentro da blusa
A moça logo botou
E lá naquele aperreio
Ela com a mão no seio
A formiga então matou.

Aí então lhe falei;
- Vem comigo minha amada,
Vamos sair dessa praça
Ô que tarde azarada!
Aí peguei na mão dela
E quando saí com ela
Não olhei para a calçada.

Tinha uma tuia de bosta
Que alguém tinha deixado,
Era obra de cachorro
Lá tinha um peste cagado,
Pra calçada não olhei
Com meu sapato pisei
Que o pé ficou atolado.

Um fedor tão desgraçado
Naquela hora subiu,
A moça se afastou
O povo na hora riu
A moça nem disse nada
Saiu bastante magoada
De mim nem se despediu.

Aí com muita vergonha
O pé da bosta tirei
Num cantinho da calçada
O sapato esfreguei
Totalmente envergonhado
Também muito magoado
Pra casa me retirei.

Insistente convidei
A moça outra semana
Acabei levando ela
Para um lugar bacana,
Lá eu dei o beijo nela
Mas nunca mais fui com ela
Lá pra Praça Santa Ana.

Cicero Manoel
Santana do Mundaú – AL
20 de Maio de 2014