(Imagem capturada por Nauro Kayque em abril de 2020)
Autor: Cícero Manoel
.................................................
(I)
Com o Corona
rondando
Aqui na
minha cidade
Nesse
sábado acordei
Na minha
propriedade
E precisei
ir na feira
Pois tinha
necessidade.
(II)
Talvez,
fui por teimosia,
Só que não
foi isso não.
Eu só fui
até a feira
Porque
tinha precisão.
Mas fui de
orelha em pé
E com um
medo do Cão!
(III)
Porque o Coronavírus
Já chegou
nessa ribeira.
Já anda
pegando gente
E só
deixando a caveira.
Mesmo
assim eu decidi
Que hoje
eu ia na feira.
(IV)
Pra feira
de Mundaú
Então, eu
fui logo cedo,
Com a máscara
na cara
Eu saí um
pouco azedo,
E quando
cheguei na feira,
Aí, foi
que eu tive medo.
(V)
Vi logo um
monte de gente
Num local
amontoado.
Um se
relando no outro
Nas bancas
vi um bocado,
Enquanto o
distanciamento
É o mais
recomendado.
(VI)
Me veio na
minha mente.
Logo uma
interrogação.
Do jeito
que eu conheço
A nossa
população,
É
impossível ter feira
Sem ter
aglomeração.
(VII)
Mas parece
que o povo
Vem se
conscientizando,
Pois hoje
não vi na feira
Ninguém se
cumprimentando
Com os
apertos de mão
Ou mesmo
se abraçando.
(VIII)
Isso
também se confirma,
Pois vi
que a maioria
Estava
usando máscara,
Mesmo
sentindo alergia,
Mas também
vi cada coisa
Que chega
deu agonia.
(IX)
Vi gente
andando na feira
Com a máscara
na mão,
Outras com
ela no queixo
Dando
cuspida no chão,
Outras só
cobrindo a boca
Sem cobrir
o narigão.
(X)
Não me
ache ignorante
Meu
estimado amiguinho,
Penso que
usar a máscara
E não
cobrir o focinho,
É o mesmo
que cagar
E não
limpar o “zezinho”.
(XI)
Usar
máscara com a venta
Descoberta
a toda hora,
Veja
comigo, é o mesmo,
Meu
senhor, minha senhora,
Que ir pra
praia de sunga
Deixando o
“bilau” de fora.
(XII)
Também vi
comerciante
No seu
local trabalhando,
Com um
informe pregado
Ao pessoal
informando:
“Use
máscara e gel”
E nem ele
estava usando.
(XIII)
Numa banquinha
de máscara
Parei pra
observar,
Muita
gente escolhendo
A cor que
queria usar.
Quem diria
que aquilo
Alguém
fosse avistar?
(XIV)
Fiquei
olhando meu povo,
Todo mundo
mascarado.
Se alguém
visse alguém assim
No fim do
ano passado
Já
pensava: “É um ladrão,
Agora vou
ser roubado!”
(XV)
Vi até que
a prefeitura
Em prol da
população
Botou no
meio da praça
Várias
pias com sabão
Pra evitar
o contágio
E a
contaminação.
(XVI)
Vi os
heróis da saúde
Num trabalho
essencial
Conscientizando
o povo
Do urbano
e do rural
Botando
álcool nas mãos
De todo o
pessoal.
(XVII)
Ligeiro
fiz minhas compras
E para
casa voltei,
Na porta
tirei a roupa
Para o
banheiro entrei
E com água
e sabonete
Todo me
ensaboei.
(XVIII)
Todo
cuidado é pouco,
Temos que
nos proteger.
O que virá
pela frente
Só Deus
pode nos dizer,
Que ele
afaste esse mal
E não nos
deixe sofrer.
(XIX)
Por
enquanto o mais seguro
É nós
ficarmos em casa.
Nós não
podemos deixar
O Corona
criar asa,
Porque por
onde ele passa
Com muitas
vidas arrasa.
(XX)
Que essa
fase passe logo
Pra gente
sair contente,
Abraçando
e dando beijo
Em quem
achar pela frente
E ir pra
feira sem medo
Fazer as
compras da gente.
....................................................
Santana do
Mundaú-AL
23 de maio
de 2020