Com prazer
e alegria
Vivo aqui
no meu sertão,
Todo dia
vou pra roça
Com a
enxada na mão,
Plantar
milho, macaxeira,
Abóbora e
feijão.
Vivo com
minha mulher
Numa
pequena casinha,
Aqui eu
crio ovelha,
Pato, peru
e galinha,
Tenho uma
vaca bonita
Que se
chama Mariquinha.
Tenho aqui
quatro filhos:
Benedito,
Zé e João,
Tenho
ainda uma moça
De uma
bela feição,
É Maria o
nome dela,
Só beleza
e perfeição.
De
manhãzinha aqui
Eu gosto
de acordar,
Escutando
a passarada
E o meu
galo cantar,
Meu sertão
aqui na terra
Pra mim é
o melhor lugar.
Aqui eu
tenho um burrão
Para eu
andar montado
E também
pra carregar
As cargas
lá do roçado,
Aqui eu
toco viola
E faço
verso rimado.
Não troco
esse meu sertão
Por uma
rica cidade,
Com suas
coisas de luxo,
Cheia de
modernidade,
Onde não
existe paz
E nem a
felicidade.
Aqui eu
vivo feliz
Em meio à
natureza,
Aqui para
onde olho
Eu só vejo
boniteza
Aqui não
existe guerra,
Miséria e
nem tristeza.
Eu amo
esse meu sertão
E no dia
que eu morrer,
Desejo ser
enterrado
Nele com
muito prazer,
Mas quero
bastante vida
Pra nele
muito viver.
Cicero
Manoel Cordelista / Sítio Ilha grande / Santana do Mundaú – AL / 7 de agosto de
2014