Conheci uma bela dama
Numa
tarde de verão,
Apaixonei-me
por ela,
Fiquei
louco de paixão,
Declarei-me
para ela
E
lhe dei meu coração.
Ela
aceitou meu amor
E
depois que me beijava,
Dizia
olhando pra mim
Que
também muito me amava,
Eu
a abraçava forte
E
forte ela me abraçava.
Ela
morava sozinha
Em
uma casa luzente,
Lá
dormi noites com ela
Vivendo
o amor da gente,
Juro,
eu passava o dia,
Com
ela em minha mente.
Namoramos
quase um ano
E
eu falei em casar,
Ela
me disse: “Amor,
Quero
um tempo pra pensar,
Mas
lhe garanto meu sonho
É
isso realizar.”
Certa
tarde me arrumei
E
fui para casa dela,
Cheguei
lá bati na porta
Ela
me olhou da janela,
Estava
bastante linda
Tremi
olhando pra ela.
Ligeiro
ela abriu a porta
E
me pediu para entrar,
Eu
fui beijá-la na boca,
Ela
não quis me beijar,
Perguntei-lhe:
- O que houve?
Disse
ela: - Vou lhe contar.
Sentei-me
e ela disse:
-
Não posso ser sua amada,
Meu
amor não sou solteira,
Há
anos eu sou casada,
Meu
está chegando
Na
próxima madrugada.
Está
fazendo dois anos
Que
ele aqui me deixou,
Foi
trabalhar em São Paulo
Até
hoje não voltou,
Mas
agora está chegando
Numa
carta me avisou.
Ela
ainda falou:
-
Meu amor é verdadeiro,
Eu
amo você de mais,
Você
é meu grande amado,
Estou
te dizendo isto
Com
o peito magoado.
Olhando
essas palavras
O
meu olhar desviei,
Fui
em direção à porta,
A
sua casa deixei,
Correndo
ela me agarrou
Magoado
a empurrei.
Chorando
ela ficou,
Chorando
também parti,
Entrei
no primeiro bar
Que
na minha frente vi,
Para
curar minhas mágoas
O
dia todo bebi.
Durante
um longo mês
Sofrendo
muito fiquei,
Mas
ergui minha cabeça
E
esquecê-la até tentei,
Durante
aquele mês
Ela
eu não avistei.
Certa
manhã seu marido
A
encontrou na cozinha,
Encostada
na parede
Chorando
triste, sozinha,
Dizendo
que me amava
E
que queria ser minha.
O
infeliz vendo a cena
Virou-se
no satanás,
Deduziu
que havia sido
Traído
ha meses atrás,
Perguntou-lhe
e ela disse
Que
não o amava mais.
Disse-lhe
que me amava
E
que me tinha paixão,
Também
naquele momento
Pediu
a separação,
Mas
ele não falou nada
Naquela
ocasião.
Foi
em direção ao quarto
A
sua arma pegou,
Voltou
para a cozinha
Várias
vezes disparou
E
a vida de coitada
Naquela
hora tirou.
Depois
que ele a matou
Para
longe foi embora,
Encontraram
o seu corpo
Em
menos de uma hora,
A
notícia se espalhou
E correu
de mundo a fora.
No
outro dia na rua
Passando
em um terminal,
Reconheci
sua foto
Na
capa de um jornal,
Peguei
o jornal no chão
Li
um pouco e passei mal.
Vim
saber pelo jornal
Que
ela tinha morrido,
Já
rezei pra sua alma
Chorei
muito, estou ferido,
Sem
forças para viver
Totalmente
constrangido.
Pensei
me matar também
Mas
pensei melhor viver,
Quem
nasce e tem sua vida
Um
dia tem que sofrer,
A
vida dá muitas voltas
Amanhã
posso vencer.
Jamais
eu vou esquecê-la
Suas
lembranças guardei,
Talvez
um dia no céu
Ela
eu encontrarei,
Jamais
eu amarei outra
Do
tanto que eu a amei.
Cicero Manoel Cordelista / Sítio Ilha
Grande / Santana do Mundaú – AL / 14 de Fevereiro de 2015
Imagem: http://www.google.com.br/
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