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(Imagem disponível no Google) |
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Duas vezes
por semana
Ela passa em
minha rua.
Aparece logo
cedo
Quando o
dia se acentua
Muitas vezes
me acordo
Ao escutar
a voz sua.
Eu não sei
onde ela mora,
Eu não sei
o nome dela.
Outro dia
eu parei
Para escutar
da janela
A sua voz
entoando
Uma melodia
bela.
Outra
manhã, curioso,
Eu abri o
meu portão
Para ver
se eu conseguia
Avistar sua
feição.
Pude ver
uma mulher
Levando um
carro de mão.
Pele escura,
corpo magro,
(Observei-a
atento).
Calça,
camisa, boné...
E o seu
caminhar lento.
Entre uma
pausa e outra
Ela grita:
“Olha o ‘quento’!”.
Com o
carro de coentro
Ela sai a
trabalhar.
Passa na
rua gritando
Pra todo
mundo escutar
Que tem
coentro novinho
Pra quem
quiser lhe comprar.
É mais uma
personagem
Da nossa
realidade.
É uma mãe
que trabalha
Com muita
dignidade.
É uma
batalhadora
Aqui da
nossa cidade.
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Cícero Manoel
Residencial
Jussara, Santana do Mundaú-AL
28 de maio
de 2020
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