Por uma Mundauense
Cheguei me
apaixonar
Pra conhecê-la
melhor
A chamei
pra conversar
Com uma
paixão insana
Lá na Praça
Santa Ana
Com ela
fui me sentar.
Num
banquinho acabado
Com ela eu
me sentei,
O banco
nem tinha encosto
No banco
me apoiei
Aí peguei
sua mão
E toda
minha paixão
Para ela
declarei.
Ela gostou
do que eu disse
Bateu mais
meu coração,
Então fui
lhe dar um beijo
E veja a
situação
Quando eu
fui lhe beijar
O banco
chegou quebrar
E nós
caímos no chão.
As duas
tábuas do banco
De tão
velhas se quebraram,
Não
puderam com nós dois
E no meio
se laxaram
Eita
vergonha do cão
Nós nos
lascamos no chão
E as
pessoas mangaram.
Com
vergonha lá do chão
Nós
chegamos levantar,
E embaixo
de uma árvore
Fomos
então conversar
Alguns minutos
passou
No tronco
ela se encostou
E o beijo
fui lhe dar.
Quando eu
ia lhe beijar
Com todo o
meu respeito
Uma
formiga entrou
Na blusa
dela de jeito
E a
formiga danada
Foi dar
logo uma picada
Mesmo no
bico do peito.
Foi grande
a agonia
Quando a
formiga picou,
Uma mão
dentro da blusa
A moça
logo botou
E lá
naquele aperreio
Ela com a
mão no seio
A formiga
então matou.
Aí então
lhe falei;
- Vem
comigo minha amada,
Vamos sair
dessa praça
Ô que
tarde azarada!
Aí peguei
na mão dela
E quando
saí com ela
Não olhei
para a calçada.
Tinha uma
tuia de bosta
Que alguém
tinha deixado,
Era obra
de cachorro
Lá tinha
um peste cagado,
Pra
calçada não olhei
Com meu
sapato pisei
Que o pé
ficou atolado.
Um fedor
tão desgraçado
Naquela
hora subiu,
A moça se
afastou
O povo na
hora riu
A moça nem
disse nada
Saiu
bastante magoada
De mim nem
se despediu.
Aí com
muita vergonha
O pé da
bosta tirei
Num
cantinho da calçada
O sapato
esfreguei
Totalmente
envergonhado
Também
muito magoado
Pra casa
me retirei.
Insistente
convidei
A moça
outra semana
Acabei
levando ela
Para um
lugar bacana,
Lá eu dei
o beijo nela
Mas nunca
mais fui com ela
Lá pra
Praça Santa Ana.
Cicero
Manoel
Santana do
Mundaú – AL
20 de Maio
de 2014
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